quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

3 músicas para se aceitar | Amanda Palmer

E ai galera?
Tudo bem com vocês?

Sim, até agora eu só postei conteúdo sobre literatura.
No entanto este blog foi criado pra compartilhar e indicar não só livros, mas músicas, filmes e o que mais eu achar que vai agradar e ser útil pra vocês meus leitores e seguidores amados.

E está mais do que na hora de apresentar (pra quem ainda não conhece) a minha cantora/artista/escritora/personalidade favorita de todos os tempos, Amandinha F*cking Palmer.

Não é novidade que as mulheres sofrem uma pressão tremenda da sociedade, e quando o assunto é beleza o parâmetro imposto não é nada mais nada menos do que a perfeição. Eu sofri muito por causa disto na minha adolescência. E ainda agora, muitas vezes me sinto insegura com a minha aparência e com o meu ser (personalidade,etc.). Só que hoje eu tenho uma válvula de escape que me ajuda a escapar desse sentimento de inferioridade e faz com que eu me aceite e me ame tal qual eu sou. E é claro que eu PRECISO compartilhar essa "ferramenta" tão maravilho com vocês.


Então aí vai meu TOP 5 de músicas da Amanda Palmer que me ajudaram a me amar por inteiro, exatamente como sou, sem ceder as pressões da sociedade.

3. Map of Tasmania
Vou deixar a própria Amanda Palmer falar sobre essa música, por isso colo aqui um pedacinho da entrevista (que você pode conferir completa neste LINK) cedida a revista Tpm em novembro de 2014:

Na canção "Map of Tasmania", do disco Amanda Palmer Goes Down Under, você fala de depilação. Mostra que não importa para uma mulher o cuidado exagerado sobre esta questão. Como é dizer isso para uma geração que está tão presa na idéia de corpos perfeitos e limpos? Você acha que a mulher hoje é livre o suficiente para não se importar tanto com a aparência?Eu acho que o grande problema que temos como mulheres é que não podemos encontrar a "área cinza", um lugar sem julgamentos. Há tanta crítica sobre o que significa você se depilar, não usar maquiagem, saltos, e tudo mais. É confuso, especialmente para as meninas mais jovens, que estão crescendo em uma cultura onde lhes é dito por um lado pra serem fortes, únicas, poderosas e pra que falem por si mesmas, e por outro lado são informadas de que há apenas um uniforme aceitável para sensualidade. Dói ver, especialmente após o quão longe chegamos nos últimos 50 anos, como mulheres. Como com muitas outras coisas, eu acredito que esta questão é escolha. Você está livre para usar botas, sapatos de salto, muita maquiagem, ou nenhuma. Depilar-se, ou deixar os pêlos crescerem. Experimentar, encontrar o seu próprio estilo. E isso deixa as pessoas malucas. Eu sempre acho engraçado quando eu uso saltos gigantes e faço penteados de estrela de cinema e depois mostro minhas axilas peludas para as pessoas. Eles agem como se não pudessem entender aquilo. Portanto, esse é um bom desafio para todas as mulheres: foda-se. Faça o que quiser. Absolutamente qualquer combinação é possível. É a única maneira de quebrar o sistema terrível no qual estamos presos: experimentando.



2. Runs in the family


Essa música fala sobre cromossomos, sobre as coisas que herdamos de nossos pais, e sobre como nunca poderemos "fugir" de nossas famílias.
E aqui eu preciso fazer uma confissão pessoal pra que vocês entendam a importância que essa música tem pra mim. 
Eu amo minha família. Meus pais são incríveis e a educação que eles me passaram foi baseada em empatia e caráter, agradeço muito a eles por isso, mas as vezes é complicado pra eles (principalmente para meu pai) compreenderem quem eu sou e porquê sou. Eu tenho por exemplo um par de laços com caveiras mexicanas tatuados nas coxas, e escondo essas tatuagens de meu pai. (Se ele ler este post será uma descoberta e tanto hehehe) Faço isso por que pra ele tatuar caveira é algo inaceitável, mas as caveiras mexicanas tem tudo haver comigo, portanto passei por cima deste preconceito dele e fiz o que bem queria com meu corpo. 

A música Runs in the Family não me fez superar isso, pois é algo que talvez eu só resolva sentando e conversando com ele, só que sei que vai gerar brigas e tento evitá-las. Mas essa música me acalma pois me sinto COMPREENDIDA todas as vezes que a ouço.





1. In My Mind

E por fim, a música mais linda de todas. A que me fez parar de exigir perfeição de mim mesma, a que me fez aceitar meu corpo de peitos pequenos, celulites e estrias. A impor a mim o meu próprio conceito de beleza. A enxerga a beleza nos outros e acima de tudo a amar o meu hoje, a perceber que felicidade é cultivada e é pra agora e não algo que eu deva desejar somente para o futuro.






Letra
Tradução

O post saiu maior do que eu imaginava, mas foi por uma boa causa.
Que tal compartilhar com a gente a música que faz você ficar de bem com você mesmx?

Beijos e até amanhã.

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2 comentários:

  1. Gostei muito do teu post May! Eu já tinha ouvido falar da Amanda Palmer, é claro, mas nunca tinha parado pra ouvir alguma música dela. Achei a primeira bastante libertadora (e o clipe é divertido) e gostei muito da letra dessa última.
    No momento não consigo lembrar de nenhuma música pra compartilhar. Mas adorei as tuas indicações ♡

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    Respostas
    1. Ah que bom que gostou. Eu adoro o clipe desta primeira, é meu favorito. Fico feliz que tenha gostado da indicação.

      Beijos.

      Excluir