sábado, 31 de janeiro de 2015

As mil e uma noites

E aí galera?

Tudo bem com vocês?

Nada mais justo do que começar essa resenha com este gif:



Porque AAAAAAAAALEEELUIAAAAAAAAAA terminei este livro. \o/

Pera aí que eu vou explicar pra vocês. Não é que a leitura de As Mil e Uma Noites tenha sido difícil, acho até que deve ser bem tranquilo ler este livro cheio de encantos em português, no entanto como eu procurei uma versão completa deste livro traduzida para o português durante um bom tempo e não encontrei. E um certo dia me deparei com esta versão belíssima da Cantenbury Classics em inglês:




Tomei a decisão precipitada de adquirir o livro em inglês mesmo. Acabou que eu demorei três meses pra concluir a leitura, e no fim eu não aguentava mais nem olhar pro livro. .-. É claro que agora eu não me contenho de alegria por ter conseguido superar esse desafio, e sinto que estou melhor preparada pra ler outras obra em inglês (com exceção do The Complete Tales and Poems of Edgar Allan Poe), o que é muito bom para meu desenvolvimento como leitora.



E é por isso que tenho imenso prazer em estar, enfim, resenhando As Mil e Uma Noites.



As mil e uma noites
Autor(a) desconhecido(a)



FICHA TÉCNICA


Título em inglês: The Arabian nights

Traduzido por: Sir Richard Burton
Editora: Cantenbury Classics
Nº de páginas: 655p.
Classificação: Fantasia/ Aventura

Sinopse:


As mil uma noites começa com a história de dois irmãos, um mais velho e um mais novo, que herdam cada um metade das terras do reino de seu pai. O irmão mais velho, após anos ser ver o caçula, manda uma tropa de seu exército para convidar o irmão mais novo para visitá-lo. O irmão mais novo aceita o convite e em um certo ponto do percurso percebe que esqueceu em casa o presente que iria levar ao irmão mais velho. Ele decide então voltar sozinho á sua casa para buscar o presente.

Chegando lá ele descobre a traição de sua esposa, e mata á ela e ao amante.

O irmão mais novo segue viagem sem contar a ninguém sobre o acontecimento. No entanto quando chega ao palácio ele adoece e quando seu irmão lhe convida para caçar, ele ficar e repousar visando sua melhor. O irmão mais velho vai á caça e o mais novo decide tomar um ar pelos jardins do palácio. Ele descobre então que a rainha, sua cunhada, está traindo seu irmão com escravos.

Quando o irmão mais velho retorna da caçada, o irmão mais novo lhe conta o acontecimento. Eles preparam uma armadilha para a esposa do rei mais velho e após pegá-la no flagra o rei mata sua esposa e o escravo. O irmão mais novo retorna a suas terras.

Após esse acontecimento o rei mais velho que se chama Shariar decide casar-se todos os dias com uma mulher, desposá-la e assassiná-la na manhã após a noite de núpcias, pois assim ele não poderá ser traído.

Passam-se três anos assim e o rei mata quase todas as meninas do reino que são lhe trazidas pelo Vizir (em inglês Wazir, equivalente ao primeiro ministro na Pérsia). Ele pede então a mão de uma das filhas do Vizir em casamento. O pai conta para as filhas o que aconteceu e diz que negará o pedido. Mas Sharerazade, a mais velha, diz ao pai que deseja se casar com o rei.

O pai contrariado e após ser convencido pela filha, aceita o casamento. A partir dai, Sharerazade casa-se com o rei e passa a contar todas as noites contos e histórias belíssimas e cheias de encanto ao rei que posterga todas as manhãs a morte de Sharerazede para ouvir o fim de uma história e o início de outra.

E o resto eu não vou contar hehehe.

Comentários:


Foi um desafio e tanto ler um clássico em inglês, mas percebi que depois de traduzir algumas palavras coloquiais que se repetem várias vezes no livro, a leitura facilitou um eito.

O problema é que eu cansava bastante por que precisava pausar a leitura pra fazer uma análise e confirmar que eu estava compreendendo a história. Eu lia cada conto e depois contava para o meu namorado o que havia lido, pra me certificar de ter realmente captado os relatos da Sharerazade. 
(coitado, recebeu todos os spoilers possíveis).

Mas a obra em si, me surpreendeu e muito. Eu adorei.
Achei fantástico todo esse universo oriental. Esse mundo de sultões, princesas, gênios, gazelas e outras tantas criaturas. E de todos os contos, os que mais me surpreenderam foram: A história do Alladin e a lâmpada mágica que não tem NADA, mas NADA mesmo, haver com a versão Disney que a gente fica conhecendo, e o Ali Baba e os quarenta ladrões que por incrível que pareça eu nunca havia lido, e não fazia ideia de como era a história. Não é atoa que ambos são clássicos.

Confesso que me assustei bastante quando li o primeiro parágrafo, e pensei logo de cara que eu não ia chegar ao fim dessa leitura.

Ele começa assim: " In tide of yore and in time long gone before, there was a King of the Kings of the Banu Sasan..." e precisei pesquisar pra descobrir a tradução de algumas palavras e até mesmo o significado de outras.

E depois ainda me deparei com as particularidades linguísticas como Thee que em português é Ti, e Thou que significa Tu, ou ainda lo! que quer dizer eis.

E mesmo com todas essas dificuldades a leitura valeu muito a pena, mais ainda por me confrontar com essa cultura tão diferente da nossa. Depois de tudo, com certeza essa obra conquistou seu espaço no meu TOP 10 de livros que me influenciaram, e até mesmo dos meus livros favoritos.









Pontuação: 5.0 de 5.0

Espero que tenham gostado da resenha e que ela lhes inspire a ler essa obra tão exótica.

E vocês, já encararam alguma leitura em inglês? Qual foi o livro mais desafiador que já leram?



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 e se você ainda não viu a primeira parte de 1001 livros pra ler antes de morrer, corre conferir no canal. 


Beijos e um ótimo final de semana!

6 comentários:

  1. Oi, prima! HAUEHAUHEUAA
    Vish que orgulho de você! Ler em inglês é um dos meus desafios pra vida, porque sou beeem melhor no 'listen' que no 'reading' =/ Comprei o Pride and Prejudice achando que seria melhor começar pelos clássicos, por conta dessas palavras mais antigas, mas não avancei nem da primeira página; agora estou procurando contos e coisas mais curtas pra me exercitar antes de me jogar na leitura de livros em inglês.
    A história parece ser bem legal, preciso ser esse livro! Me lembrou um pouco 'A Volta ao Mundo em 80 Dias', do Júlio Verne, que eu adorei!
    Estou com um problema sério em encontrar clássicos em português, os poucos que encontro são muito caros (cof cof Cosac Naif) e alguns nem na porta da esperança do Silvio Santos, tipo Oliver Twist. Não entendo essa enxurrada de YA e esse descaso com os clássicos! #chateada HAHAHAA
    Bjos,

    Mari
    Mari The Reader

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    1. hehehe o melhor eh começar a ler em inglês com YA mesmo, ou com algum livro que você já tenha lido, ou visto o filme. Fica mais fácil de compreender a história. E depois quando estiver segura, daí ler clássicos. Uma amiga minha profª de inglês me indicou fazer assim e deu certo mesmo. Outra ideia é ler a sinopse em inglês antes de ler o livro, se compreender a sinopse, é mais provável conseguir ler a obra.

      simm é bem difícil encontrar clássicos em português. A Martin Fontes tem lançado alguns bem bacanas. Comprei dois livros deles no último mês, pockets, clássicos e tem até orelha, são lindos.

      Beijoss Mari.

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  2. que capa linda! e posso falar? como English teacher que sou, que ótimo exercício vc fez hein?? Parabéns! :D
    Muito obrigada por comentar no meu blog!
    Sempre que atualizar me deixe um recado no meu blog! ♥♥♥

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    Beeeijooos da Reh,

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    1. É né. Juntar o útil ao agradável hehehe.
      Pode deixar, eu passo sim comentar lá.
      Beijos.

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  3. Nossa, sou louca pra ler em inglês também, mas ainda não me aventurei!
    Que legal que você tentou e conseguiu, hahah
    Essa capa também é demais!

    Beijo
    Atena.X.Afrodite
    Na Estante da Biblioteca

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    1. Eu já li outros livros em inglês. Aliás, eu tento sempre ler pelo menos 3 livros em inglês por ano, o que eu não tinha é lido clássicos ainda. Foi um desafio e tanto... É lindo né. Adoro essa capa também.

      Beijos.

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